Indústria da moda: números e previsões para 2016

Um mercado em constante transformação e em franco e rápido crescimento. Em poucas palavras, é o que se pode dizer da chamada indústria criativa, que envolve diferentes segmentos de negócios, como consumo, cultura, mídias e tecnologia. É dentro desse pujante setor que o mundo da moda se insere, sempre inovando, criando empregos e chamando atenção do público. Para muitos, sua criatividade torna-o um gerador de receitas de imenso destaque na economia brasileira.

Divulgado no ano passado, o estudo “Mapeamento da Indústria Criativa” (saiba mais aqui), produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), aponta que 251 mil empresas formavam o setor em 2013, alta de 69,1% frente a 2004, quando havia 148 mil companhias. Ainda segundo o levantamento, estima-se que esse mercado movimentou R$ 126 bilhões naquele ano, ou 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – em 2004 esse percentual era de 2,1%. No período analisado (2004-2013), portanto, o PIB da indústria criativa avançou 69,8% em termos reais, acima do avanço de 36,4% do PIB brasileiro.


Segundo a Firjan, a indústria criativa empregava 892,5 mil profissionais com carteira assinada até 2013, o que significa crescimento de 90% frente a 2004. No que se refere à remuneração, os trabalhadores do setor ganhavam, há três anos, salários bem acima da média nacional: R$ 5.422 contra R$ 2.073 (valores mensais), com destaque para os segmentos de “Pesquisa & Desenvolvimento” (R$ 9,9 mil), “Arquitetura” (R$ 6,9 mil), “TI” (R$ 5,3 mil) e “Publicidade” (R$ 5 mil). Apesar de ter um dos rendimentos médios mais baixos, com R$ 1.965, o mercado de moda apresentou, segundo o estudo, a maior evolução de 2004 a 2013, com aumento de 42,1%.

Com salário médio inicial de R$ 1,3 mil, mas que pode passar dos R$ 10 mil para os mais experientes, o mercado de moda e confecção promete mais 300 mil novos empregos até 2025, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Hoje, são 1,7 milhão de vagas diretas e 8 milhões contando com os indiretos. Desses, 75% são de mão de obra feminina, segundo a Abit.


Especialistas dizem que um assistente de estilo em uma empresa do setor de moda pode ganhar de R$ 1,3 mil a R$ 2,5 mil, enquanto um designer, de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Já um diretor criativo tem uma remuneração na casa de R$ 10 mil e um consultor de moda de uma empresa de grande porte pode alcançar um salário de R$ 10 mil.

Perspectivas e estratégia
Não é novidade que o varejo é um dos mercados mais afetados pela crise econômica. Em 2015, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas caíram 4,3% frente ao ano anterior, no pior resultado da série histórica do instituto, iniciada em 2001. Apesar do resultado negativo, é inquestionável a relevância da indústria da moda para o setor varejista.

Números do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) corroboram a tese. Segundo a entidade, os mercados de moda e esportes foram responsáveis por 10,7% de toda receita líquida das 120 maiores varejistas do país em 2014 (ainda não há dados referentes a 2015), com um faturamento total de R$ 45 bilhões. C&A, Riachuelo, Casas Pernambucanas, Lojas Renner e Marisa (nesta ordem) foram os líderes em vendas.


Em volume, as vendas no varejo de roupas caíram 4,2% no ano passado ante 2014, apontam números divulgados pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), especializado em pesquisas e análises do setor têxtil e de vestuário. No total, o setor vendeu 6,217 bilhões de peças, volume inferior até mesmo a 2010, quando foram comercializadas 6,291 bilhões de produtos. Enquanto isso, a produção de roupas recuou 6% na mesma base de comparação.

Para 2016, mesmo diante do cenário de crise, a previsão é um horizonte mais azul. De acordo com projeções do IEMI, as vendas devem aumentar 0,8%. “É um crescimento vegetativo, mas positivo”, comentou o diretor do instituto, Marcelo Prado, em recente entrevista, acrescentando que a produção de roupas avançará 5,5%. A segunda previsão, segundo Prado, tem relação com a queda na importação de roupas por conta da escalada na cotação do dólar.

Como boa otimista que sou, acredito nas estimativas no IEMI. Na minha visão, temos no Brasil marcas consolidadas e reconhecidas pelo grande público, com um público fiel. O sucesso de eventos como o São Paulo Fashion Week ilustram o que estou falando. Além disso, com o dólar em alta, é muito provável que os consumidores prefiram comprar nas lojas de grifes brasileiras do que no exterior.


Ainda assim, as principais marcas do setor, como Arezzo, Osklen, Farme, Ellus, TNG, Riachuelo e C&A, entre outras, terão que se mexer para driblar a crise. Eu tenho algumas dicas para passar:

  1. Criatividade, seja nas criações, como no atendimento ao cliente;
  2. Marketing é investimento; não é custo;
  3. O mundo digital traz muitas possibilidades: e-commerce neles!
  4. Para encantar um cliente, não basta pensar nele, e preciso pensar como ele;
  5. Você não escolhe o cliente, é ele quem o escolhe;
  6. Na hora da compra, o que conta é a percepção do cliente, e não a sua;
  7. Se a sua empresa pensa diferente do mercado, mude a sua empresa.
BIS – Beleza, Inspiração e Simplicidade!
Marilene Hannud

(*) todas as fotos são reproduções da internet.

Um comentário:

  1. amiga, você precisa tomar cuidado com seu português e com os erros de ortografia

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