Marilene Hannud

Estilista entrou no mercado da moda há 30 anos, formada pela Faculdade Esmod de Paris, escritora do livro Mulher dos 15 aos 70 anos que conta a trajetória da vida da mulher através da moda.

Atualmente atua como Consultora de Moda e Assessoria de Imagem.

Preto no Branco


Branco e preto (ou vive-versa) serviram de cenários para modelos de grandes costureiros – Cardin, Courrèges, Saint-Laurent, Balmain – mais ninguém soube marcar um estilo com essa dupla famosa. Chanel conseguiu.

Laços, camélias, faixas, cintos, barrados, debruns, camisas, saias, sapatos, pontas dos sapatos. Tudo na base do preto no branco. Do branco no preto. Tudo recheado com o eterno talento de Chanel, uma mulher forte e decidida, que começou sua carreira vitoriosa como costureira de uma loja de roupas femininas no interior da França e, mais tarde como chapeleira.

Gabrielle Coco Chanel começou pelo item mais difícil da moda: chapéus. Passar para os vestidos foi um pulo, que ela enfrentou com muita ousadia.

Muito à frente de seu tempo, lançou calças para as mulheres, aboliu as anquinhas, encurtou os vestidos, dividiu a saia e a blusa e criou uma nova imagem para a mulher.

Uma imagem elegante e atualíssima até hoje, usada e copiada em todo o mundo, a partir do preto no branco. Do branco no preto. Chanel está aí. Aproveite. Use e abuse com moderação. Tudo muito leve, delicado, extremamente feminino.  

Saias longas estão de volta.




Elas já andaram por aí, varreram muito chão e marcaram uma época de mulheres que eram muito felizes e nem sabiam...
Mas, para felicidade de todas, as saias longas voltam neste inverno com força total!
Em versões e tecidos variados, com muitos panos ou mais sequinhas, as saias da próxima temporada estão aí para abafar! Melhor: para enriquecer os momentos de quem sabe optar por elas.
Com modelagens, comprimentos e movimentos variados, elas prometem ser o hit de quem segue a moda à risca ou de quem se deixa levar apenas pelo que lhe fica bem.
Para todas, as saias longas – a grande vedete do frio – deve ser explorada ao estilo de cada uma. Para não cair no mesmo erro, que a saia muito curta costuma trazer!

A onça de ontem e de hoje.


Estampas de oncinha são antigas: surgiram no cinema, com as estrelas de Hollywood, mas levaram muitos anos para vestir mulheres realmente elegantes. Somente nos Anos 80, as onças explodiram na moda, foram aceitas em variadas versões e marcaram presença nos mais diversos guarda-roupas.
Ousada, a estampa de onça chegou à Alta Costura e até hoje marca a sua presença e a presença de quem a escolhe num jogo bonito e divertido de muita sedução.
O modelo elegantíssimo dos Anos 90 ganha nova versão, mais light, para mulheres jovens de corpo e de cuca dos nossos dias.
E antecipa elogios: quem resiste a uma bela onça, quando ela estampa um modelo deliciosamente extravagante e irresistível?   

Maturidade Soberana


Quem assistiu aos desfiles das escolas de samba do Rio constatou!
Cláudia Raia, em sua melhor forma, usou e abusou do seu talento e da sua imagem com uma fantasia, digamos, comportada! E abafou!
À frente da Beija-Flor, a escola campeã deste Carnaval, a consagrada atriz-dançarina desfilou toda a sua beleza ao usar uma fantasia super sexy, sem se preocupar em expor seu corpo como em outros tempos. Apenas uma perna nua, numa fenda estratégica do vestido...
Sinas da idade? Não. Sabedoria obtida nos anos vividos, traduzida na escolha precisa e preciosa de seu traje carnavalesco, igualmente campeão.
Também beirando os 50, Luiza Brunet, outra festejada beldade dos nossos tempos, arrancou os maiores elogios e aplausos à frente da bateria da Imperatriz Leopoldinense. Trocou o biquíni cavado por outra fantasia decotada e curta, que explorava suas formas de maneira mais arrojada, sensual e elegante.
Esses dois exemplos de mulheres conhecidas pela beleza e formas perfeitas revelam que a maturidade traz uma sabedoria indiscutível! Até no Carnaval!
Mas essas atitudes só nascem de quem tem muita segurança e coragem de colocar a sua sabedoria em prática.


Tempo de echarpes


Peças importantes da temporada, echarpes, xales, cachecóis e lenços estão na ordem do dia para todas as ocasiões. Quadrados, retangulares, estreitos, plissados, amassados, finos, mais grossos, criados em seda, algodão, malha, lã.

Os xales tiveram origem nos mantos usados por homens e mulheres na Antiguidade e se transformaram em xales no século XVII, na antiga Pérsia.

Denominados ‘shal’, eram usados apenas pelos homens, até o século XVIII, quando foram levados para o Ocidente. Os retângulos de 1m40 x 3m35, feitos em Cashemira, na Índia, com lã de pêlo de cabra do Himalaia, eram vendidos em leilões de luxo.

Admirados por sua leveza, esses xales indianos entraram na moda feminina e passaram a ser fabricados em Londres, com uma mistura de lã e seda.

A França levou muito tempo para aderir aos xales. A própria imperatriz Josephine os transformava em vestidos e almofadas.

Com a aparição da anquinha, que dava uma nova forma à silhueta feminina, os xales caíram em desuso em 1870 e ficaram esquecidos por anos e anos.

No começo do século XX, os xales foram reaparecendo pouco a pouco e, a partir dos Anos 40, jamais saíram de moda, sempre em várias versões como echarpes ou lenços.   







 
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